quarta-feira, 7 de novembro de 2012
sábado, 27 de outubro de 2012
ENEM 2012: ORIENTAÇÕES MÉDICAS
1 - Evite situações que provoquem ansiedade (brigas, mal-entendidos, grandes decisões, rompimento de relação, viagens mal-programadas e de última hora, etc.)
2 - Procure descansar nos últimos dias que antecedem as provas e durante o intervalo das mesmas, dormindo em média 8 horas por noite, e evite as atividades físicas se não estiver acostumado.
3 - Busque estar na companhia de pessoas que lhe sejam agradáveis, pelas quais você tenha afeto e não lhe causem estresse.
4 - Programe seu horário de acordar de forma a realizar todas as suas programações com tranquilidade. Reserve um tempo para relaxar (respire profundamente e distensione toda a musculatura, repita este exercício várias vezes no decorrer do dia, inclusive durante as provas).
5 - Evite se preocupar.
6 - Procure se alimentar nos horários e quantidades habituais, pelo menos de 4 a 6 refeições por dia (pequenos volumes em intervalos de tempo menores).
7 - Evite experimentar alimentos ou preparações desconhecidas, não habituais. Alimentos novos podem causar intoxicações ou alergias.
8 - Se for tomar suas refeições fora de casa, procure locais que apresentem boas condições de higiene, observe a temperatura das preparações. Procure evitar rizottos, maioneses, salpicão, preparações com molhos, pois apresentam maior risco de contaminação.
9 - Evite alimentos de difícil digestão, tais como frituras, gorduras animais e salgadinhos. Dê preferência para as carnes magras, saladas, legumes e frutas.
10- Procure hidratar-se, dando preferência aos sucos naturais e água filtrada (recomendamos de 2 a 3 litros por dia).
11 - Em hipótese alguma faça uso de bebidas alcoólicas. Além do risco de desidratação e intoxicação, alteram o rendimento intelectual.
12- Não deixe de se alimentar antes das provas, pois a falta de alimentação pode provocar hipoglicemia, o que é causa de grande mal-estar, e repercussões sistêmicas (tais como:cefaléia, incapacidade física, taquicardia, visão turva, tonturas, suor e dormências).
13- Procure fazer a última refeição pelo menos com 2 horas de antecedência da realização de prova, mantendo um ambiente de calma e tranquilidade. É permitido que durante a prova você possa ingerir alimentos de fácil manuseio (água, sucos ou refrigerantes e alimentos não gordurosos, ricos em açúcar para manter seu nível de hidratação e nutrição adequado.
– Obs.: chocolates e bombons não são apropriados, porque são ricos em gordura. Se for diabético, siga a orientação de seu médico.
14- Use medicamentos somente com indicação médica. Os medicamentos de uso continuado não devem ser interrompidos.
Fonte: Manual do Candidato - Processo Seletivo – Universidade Federal de Uberlândia/UFU
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Trabalho de Filosofia: 1ª série/Ensino Médio 4º Bimestre
Valor:
cinco pontos (média final da 1ª, 2ª e 3ª etapa)
Trabalho
em grupo: mínimo de três pessoas e máximo de cinco pessoas.
Tema:
Teorias, posições e ideologias políticas
1ª
Etapa: cinco pontos
Pesquisa/Relatório
(Normas da ABNT)
Pesquisar:
- Thomas
Hobbes e o Absolutismo
-
John Locke e o Liberalismo
-
Jean-Jacques Rousseau e a Democracia
-
Mikahil Bakunim e o Anarquismo
-
Karl Marx e o Socialismo
-
Karl Marx e o Comunismo
-
Direita, Centro e Esquerda
2ª
Etapa: valor cinco pontos
-
Seminário (apresentação)
3ª
Etapa: valor cinco pontos
Campanha
de divulgação das posições
-
Cartaz, Banner, Blog, Folder, Panfleto, Vídeo e Comício-relâmpago.
Obs.: Vocês deverão pesquisar todos os itens da 1ª etapa. Na 3ª etapa do trabalho, vocês farão uma campanha para divulgar a posição política que vocês mais se identificaram (os temas da pesquisa da 1ª etapa). Vocês irão escolher os melhores meios (mídias) para divulgar a posição de vocês. Na 3ª etapa, têm sugestões de mídias, escolham a melhor forma para fazer a campanha política de vocês.
Obs.: Vocês deverão pesquisar todos os itens da 1ª etapa. Na 3ª etapa do trabalho, vocês farão uma campanha para divulgar a posição política que vocês mais se identificaram (os temas da pesquisa da 1ª etapa). Vocês irão escolher os melhores meios (mídias) para divulgar a posição de vocês. Na 3ª etapa, têm sugestões de mídias, escolham a melhor forma para fazer a campanha política de vocês.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Trabalho de Filosofia 2ª Série do Ensino Médio
Grupos com no mínimo três e no máximo cinco pessoas
Valor: cinco pontos
1ª Etapa
Valor: cinco pontos
1ª Etapa
Pesquisa
e relatório:
Friedrich Nietzsche
-Das três metamorfoses
-O super-homem
-O corpo na concepção de Nietzsche
Manifesto Antropofágico, Oswald de Andrade
Mito
de Édipo
Mito
de Electra
Mito
de Eros
Mito
de Thanatos
Mito
de Dionísio
Mito
de Apolo
Poemas
de Carlos Drummond de Andrade:
- O
Enterrado vivo
-José
-Congresso
internacional do medo
-Escolher mais um poema que apresente questões existenciais.
Músicas
Legião Urbana:
-Clarisse
-Dezesseis
-O
Livro dos Dias
-Escolher mais uma música que apresente questões existenciais.
2º
Etapa
Seminário
e análise crítica dos textos, poemas, mitos e músicas.
domingo, 2 de setembro de 2012
sábado, 1 de setembro de 2012
Projeto Encena
O Projeto Encena, realizado nas E.E. Cônego Barros e E.E. Prof. Sebastião Fernandes Palma, teve como objetivo estabelecer um espaço de discussão acerca dos conceitos de arte e cultura, tendo como parâmetros reflexões sociais, artísticas, antropológicas, históricas e filosóficas.
Os objetivos específicos foram:
a) Desenvolver a solidariedade e as habilidades necessárias para o trabalho colaborativo.
b) Reafirmar a concepção política aristotélica que considera o bem comum como finalidade primordial da política.
c) Utilizar o teatro como meio para desenvolver a capacidade de organização política para solução de conflitos.
d) Adaptar a peça Ricardo III de William Shakespeare.
e) Realizar um campeonato teatral entre as salas dos terceiros anos e compartilhar as melhores adaptações.
f) Desenvolver o empreendedorismo juvenil e autonomia dos alunos.
Cada sala dos terceiros anos do Ensino Médio, das respectivas escolas, apresentou uma adaptação da peça Ricardo III de William Shakespeare. Coube aos alunos a responsabilidade de apresentar uma ficha técnica especificando a função de cada aluno na montagem da peça.
Professores responsáveis:
Mauro Antônio do Nascimento (E.E. Cônego Barros e E.E. Prof. Sebastião Fernandes Palma) e Samantha Calsani (E.E. Cônego Barros).
terça-feira, 28 de agosto de 2012
domingo, 26 de agosto de 2012
Michel Foucault (1926 - 1984)
Da
sociedade disciplinar à sociedade de controle[1]
Introdução
Um medo assombrou a Europa, na segunda metade do séc. XVIII. Os
cemitérios, conventos, hospitais e prisões suscitavam uma onda de desconfiança
e rejeição. Eram ambientes escuros que impediam a visibilidade das coisas, das
pessoas e das verdades. Estes ambientes eram incompatíveis com a nova ordem
política. Pelo que era necessário eliminar esta obscuridade e escuridão, de
modo a dar lugar à transparência e visibilidade.
O problema das
prisões foi o que tomou maior ênfase. Era tema de estudo e discussão na
sociedade da época. A situação de espaço de vício e de crime e lugar desprovido
de higiene forçou a procura de um projeto de reorganização das prisões. O Panóptico de Geremy Bentham
foi caracterizado como a figura arquitetural ideal.
Segundo Foucault o Panóptico despertou
interesse, pelo fato de ser aplicável a muitos domínios diferentes. Não se
tratava apenas de uma prisão. O Panóptico é um princípio geral de construção,
um dispositivo polivalente de vigilância, uma máquina óptica universal das
concentrações humanas.
É polivalente em todas as suas aplicações: serve
para emendar os prisioneiros, mas também para cuidar dos doentes, instruir os
escolares, guardar os loucos, fiscalizar os operários, fazer trabalhar os
mendigos e ociosos.
Foucault,(1997),pag:170
Foucault,(1997),pag:170
Bentham concebeu
o Panóptico não com um único destino, mas com algumas
adaptações serviria tanto para prisões quanto para hospitais, escolas e
fábricas.
Foucault vê
o Panóptico como uma diabólica peça de maquinaria, um
microcosmo idealizado da sociedade do séc. XIX. Onde a disciplina se
torna institucionalizada nas prisões, nas escolas, nos hospitais e nos asilos.
Esta age mediante a interiorização de uma sujeição que era implantada nas
mentes através da vigilância. Servia para corrigir os prisioneiros, para
cuidar dos doentes, instruir os estudantes, guardar os loucos, fiscalizar os
operários, fazer trabalhar os mendigos e ociosos. Em cada uma das suas
aplicações, permitia aperfeiçoar o exercício do poder.
O Panóptico constituiu ou ajudou a construir, uma forma de
poder no final do séc. XVIII. Este poder passou a imperar nas prisões,
hospitais, fábricas, conventos e escolas, aperfeiçoando gradualmente o seu
alcance até aos indivíduos. Ao contrário da escuridão das masmorras ou da punição exemplar
transformada em espetáculo, o poder disciplinar projeta luz sobre cada
condenado, baseando-se na visibilidade, na regulamentação minuciosa do tempo e
na localização precisa dos corpos no espaço. Isto possibilita o controle, o
registro e a acumulação de saber sobre os indivíduos vigiados, de forma a
torná-los dóceis e úteis à sociedade. Instaura-se assim uma nova tecnologia do
poder, que se torna cada vez mais complexa e abrangente. Passa-se então
do Panóptico ao panoptismo.
O panoptismo é
o princípio geral de uma nova anatomia política. O seu objeto e finalidade não
são a relação de soberania, mas as relações de disciplina.
Desta forma, Foucault observa a formação de uma sociedade disciplinar,
situada nos séc. XVIII e XIX, que atingiu o seu apogeu no início do séc. XX.
Todavia, a sociedade disciplinar, que
se fundamentava na organização dos grandes meios de confinamento, família,
escola, caserna, fábrica, hospital e prisão, atravessou uma crise. Depois da
Segunda Grande Guerra, o modelo emblemático das sociedades disciplinares começa
a ser substituída por um novo modelo. Constituíam-se novas formas de
sociabilidade e de subjetividade num momento que se marca pela passagem de
uma sociedade disciplinar para
uma sociedade de controle.
Em Vigiar e
Punir, Foucault define os mecanismos de sujeição do corpo como uma tecnologia.
Há um saber sobre o corpo e um controle sobre as suas forças. Na sociedade de controle,
surgem novos mecanismos de vigilância, com poder suficiente para tornar o
indivíduo incapaz de esboçar qualquer reação.
No Panóptico, o controle faz-se por meio da visibilidade total e
permanente dos indivíduos. Assim, este dispositivo tornou-se o paradigma dos
sistemas sociais de controle e vigilância total. Nas
sociedades atuais, o princípio do Panóptico continua
plenamente ativo, mas agora exerce-se nas novas formas de controle
implementadas pelas novas tecnologias. A quase onipresença destas traz consigo
novas práticas e novas relações de poder. Por possuírem apenas uma parcela
mínima de materialidade, não necessitam de construções específicas. Os novos
dispositivos são instalados no interior de todos os espaços já existentes.
Na sociedade disciplinar, o
observador está presente e em tempo real a observar e a vigiar os indivíduos.
Na sociedade de controle
esta vigilância torna-se rarefeita e virtual. Todavia, o efeito causado nos
indivíduos parece ser o mesmo: são ao mesmo tempo visíveis e incapazes de ver.
Tanto nas
sociedades disciplinares, quanto nas sociedades contemporâneas, os indivíduos
sentem-se controlados pela força penetrante do olhar, tornando-se assim dóceis e
úteis.
Cabe aqui colocar
uma questão:
Será que os indivíduos modernos, têm consciência do
carácter subordinante, dominador e insuportável da nova forma de vigilância? Ou
consideram-na como natural?
Panóptico
Ao estudar a "Sociedade Disciplinar",
Foucault constata que a sua singularidade reside na existência do Desvio diante
a Norma. E assim, para "normalizar" o sujeito moderno, foram
desenvolvidos mecanismos e dispositivos de vigilância, capazes de interiorizar
a culpa e causar no indivíduo remorsos pelos seus atos.
Dentre os
dispositivos de vigilância do início do século, podemos destacar o Panóptico,
de Jeremy Bentham,
um mecanismo arquitetural, utilizado para o domínio da distribuição de corpos
em diversificadas superfícies (prisões, manicómios, escolas, fábricas).
O Panóptico era um
edifício em forma de anel, no meio do qual havia um pátio com uma torre no
centro. O anel dividia-se em pequenas celas que davam tanto para o interior
quanto para o exterior. Em cada uma dessas pequenas celas, havia, segundo o
objetivo da instituição, uma criança aprendendo a escrever, um operário a
trabalhar, um prisioneiro a ser corrigido, um louco tentando corrigir a sua
loucura, etc. Na torre havia um vigilante.
Como cada cela
dava ao mesmo tempo para o interior e para o exterior, o olhar do vigilante
podia atravessar toda a cela; não havia nenhum ponto de sombra e, por
conseguinte, tudo o que o indivíduo fazia estava exposto ao olhar de um
vigilante que observava através de persianas, de postigos semi-cerrados de modo
a poder ver tudo sem que ninguém ao contrário pudesse vê-lo.
O panoptismo corresponde
à observação total, é a tomada integral por parte do poder disciplinador da
vida de um indivíduo. Ele é vigiado durante todo o tempo, sem que veja o seu
observador, nem que saiba em que momento está a ser vigiado. Aí está a
finalidade do Panóptico,
Foucault,(1997),pag:166
Em suma, o Panóptico
desfaz a necessidade de combater a violência física com outra violência física,
combatendo-a antes, com mecanismos de ordem psicológica.
A essência do
Panóptico reside na centralidade da situação de inspeção, ou na construção, sem
duvida ficcional, de uma espécie de "inspetor central", onipotente,
onipresente e, principalmente, onividente.
O Panóptico (...)
tem seu principio não tanto numa pessoa como numa certa distribuição concertada
dos corpos, das superfícies, das luzes, dos olhares; numa aparelhagem cujos
mecanismos internos, produzem a relação na qual se encontram presos os
indivíduos (...) Pouco importa, consequentemente, quem exerce o poder. Um
indivíduo qualquer, quase tomado ao acaso, pode fazer funcionar a máquina: na
falta do diretor, sua família, os que o cercam, seus amigos, suas visitas, até
seus criados (...) Quanto mais numerosos esses observadores anónimos e
passageiros, tanto mais aumentam para o prisioneiro o risco de ser surpreendido
e a consciência inquieta de ser observado.
Foucault, (1997), pag:167
Quem está submetido a um campo de visibilidade, e sabe disso, retoma por sua conta as limitações do poder; fá-las funcionar espontaneamente sobre si mesmos; inscreve em si a relação de poder na qual ele desempenha simultaneamente os dois papeis: torna-se o princípio da sua própria sujeição.
Foucault, (1997), pag:168
O Panóptico (...)
deve ser compreendido como um modelo generalizável de funcionamento; uma
maneira de definir as relações de poder com a vida quotidiana dos homens.
Bentham sem duvida o apresenta como uma instituição particular, bem fechada em
si mesma. Muitas vezes se fez dele uma utopia do encarceramento perfeito.
Foucault, (1997), pág:169
Para Bentham,
qualquer punição deve ser encarada antes de tudo como espetáculo; importa menos
o seu efeito sobre quem é castigado, do que as impressões que recebem todos
aqueles que veem o castigo ou que dele são informados.
Na sua prisão
panóptica, ocasionalmente se escutavam gritos horríveis - só que não de
prisioneiros, mas de pessoas contratadas exclusivamente para semelhante
propósito. A punição aparente, fictícia, produziria um bem para todos - a
ordem, a disciplina - ao mesmo tempo que não produzia nenhum mal, exatamente
porque o "mal" produzido teria sido forjado.
Todo o Panóptico,
na verdade, é estruturado como uma ficção. É precisamente a aparente
onipresença do inspetor que sustenta a perfeita disciplina no Panóptico,
controlando os movimentos de transgressão entre os internos. Entretanto, como a
onipresença não pode ser um atributo humano, resta forjá-la, simulá-la, quer
por rondas aleatórias, quer pela arquitetura do lugar, que permite a cada um
dentro das celas ser facilmente visto, ao mesmo tempo em que dificilmente vê
quem o vê.
Em última análise,
o inspetor perfeito, o inspetor onipresente, é aquele que nunca aparece - mas
que pode aparecer a qualquer instante. O inspetor perfeito é, enfim, uma voz,
um olho, um ofício carimbado, uma sombra indistinta no fundo do corredor.
Neste tipo de
instituições, nós somos vistos, ou pensamos que somos vistos, sem vermos aquele
que vê, nós escutamos uma voz, sem vermos o dono da voz. O Panóptico deve ser
governado por um olhar e por uma voz desconectada do seu portador. O inspetor
torna-se, então, uma espécie de fantasma. Em última instância, é uma entidade
de ficção - ele não existe. Justamente por isto, ele pode provocar um medo
superior ao de um guarda real, por mais cruel que esse guarda fosse.
A utopia panóptica
- em si mesma uma obra de ficção - gerou outras tantas obras de ficção. Muitos
livros tematizaram o Panóptico, em geral para repudiá-lo, ou exorcizá-lo.
Dentre eles, o romance mais conhecido é 1984, de George Orwell, em
que a figura onipresente e onividente (entretanto inexistente) do inspetor
geral toma a forma do Big Brother,
enfim, de um grande olho que pode ver todos os recantos. Orwell escreveu-o em
1948, invertendo os dois últimos algarismos para situar a sua utopia negativa.
O esquema
Panóptico pode ser utilizado sempre que se deseja impor uma tarefa ou um
comportamento a uma multiplicidade de indivíduos.
O Panóptico (...)
permite aperfeiçoar o exercício do poder. E isto de várias, maneiras: porque
pode reduzir o número dos que o exercem, ao mesmo tempo que multiplica o número
daqueles sobre os quais é exercido (...) Sua força é nunca intervir, é se
exercer espontaneamente e sem ruído (...) Vigiar todas as dependências onde se
quer manter o domínio e o controle. Mesmo quando não há realmente quem, assista
do outro lado, o controle é exercido. O importante é (...) que as pessoas se
encontrem presas numa situação e poder de que elas mesmas são as portadoras
(...) o essencial é que elas se saibam vigiadas.
Focault, (1997), pág: 170
As instituições
panópticas são leves e fáceis de manipular, utilizam princípios simples de
correção e adestramento. É uma espécie de campo experimental de poder, assegura
a sua economia, a sua eficácia e o seu funcionamento.
A base desta
arquitetura institucional é o exame contínuo (a prova, o teste), para controlar
"à nascença" as causas dos desvios. O sujeito torna-se culpado (ou com
rendimento insatisfatório ou louco, ou doente) até prova (exame) em contrário.
Em todos os dispositivos de disciplina, o exame, então, tem de ser altamente
ritualizado.
O exame combina as
técnicas da hierarquia que vigia e as da sanção que normaliza. É um controle
normalizante, uma vigilância que permite qualificar, classificar e punir. Estabelece
sobre os indivíduos uma visibilidade através da qual eles são diferenciados e
sancionados. É por isso que, em todos os dispositivos de disciplina, o exame é
altamente ritualizado. Nele vêm-se reunir a cerimónia do poder e a forma
da experiência, a demonstração da força e o estabelecimento da verdade (...) A
superposição das relações de poder e das de saber assume no exame todo o seu
brilho visível.
Focault, (1997), pág: 154
[1]
Texto
adaptado para atividades em sala de aula. O texto original foi produzido por
Ana Isabel Lopes e Sónia Santos. Instituto de
Educação - Universidade de Lisboa.
Fonte: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/sociedade%20disciplinar/index.htm
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Trabalho de Filosofia: 1ª série/Ensino Médio - Projeto Roda Filosófica
Valor: cinco pontos (média final da 1ª e 2ª etapa)
Trabalho em grupo: mínimo de três pessoas e máximo de cinco pessoas.
1ª Etapa: cinco pontos
Pesquisa/Relatório (Normas da ABNT)
Pesquisar:
- Argumentos em defesa da paz: o diálogo como instrumento de solução de
conflitos.
-Resistência pacífica (desobediência civil): Henry David Thoreau,
Mahatma Gandhi e Martin Luther King
-Argumentos em defesa da guerra: a violência como instrumento de solução
de conflitos.
-Ku Klux Klan (K.K.K.)
- Panteras Negras
2ª Etapa: valor cinco pontos
Debates entre os grupos.
Filme de referência: O grande desafio.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
domingo, 20 de maio de 2012
Éticas
Ética Deontológica
Immanuel Kant (1724 - 1808)
Juízo moral: Imperativo categórico, racional (a
priori), necessário, universal e não
é consequencial.
A partir de uma concepção deontológica, Kant
considera que a ação humana deve ser fundamentada no dever. É importante
salientar a relação que ele estabelece entre o dever e a boa vontade,
conceituada em sua filosofia, como um princípio da razão. O dever não é, portanto,
um fator externo expresso em algum código de leis ou mandamento de alguma
instituição social. Agir com base no dever é seguir os princípios da razão,
isto é, ter autonomia.
Em sua obra Fundamentação da metafísica
dos costumes, Kant afirma: “Age de tal modo que a máxima de tua ação sempre e
ao mesmo tempo possa valer como princípio de uma legislação universal”.
Ética Utilitarista
John Stuart Mill (1806-
1873)
Juízo moral: hipotético-condicional, empírico, teleológico
(finalidade) e consequencial.
A Ética Utilitarista promove o que é útil, sendo o útil, o prazer
(hedonismo), isto é, a felicidade (eudaimonia).
O objetivo é promover a felicidade para o maior número de pessoas
possíveis. Trata-se de uma ética que utiliza, serve-se de certos meios para
atingir certas finalidades (tele). John Stuart Mill distingue os prazeres
superiores dos inferiores. Os primeiros estão ligados ao intelecto, os segundos
são de natureza empírica, material. Mill valoriza os prazeres do intelecto em
detrimento dos inferiores, por esta razão, ele afirma: “vale mais um Sócrates
insatisfeito do que um idiota satisfeito” ou “É melhor ser um ser humano
insatisfeito do que um porco satisfeito”. A moral utilitarista é altruísta
(visa a felicidade dos outros).
Lógica: Figuras e Modos do Silogismo
A forma mediata do pensamento ou
raciocínio é chamada, por Aristóteles, de silogismo. Em grego, syllogismós
significa raciocinar, vem do verbo syllogizo, que significa reunir, juntar pelo
pensamento, conjeturar. O silogismo é um raciocínio dedutivo. O exemplo
clássico de silogismo é aquele que contém duas premissas e uma conclusão.
Termos:
S
(Sujeito): termo menor ( t )
P (Predicado):
termo maior ( T )
M:
termo médio
As três figuras
aristotélicas do silogismo
Primeira Figura (Silogismo categórico e
perfeito)
MT (MP)
tM (SM)
tT (SP)
Todos
os peixes (M) são aquáticos (P/T ) _ Premissa Maior
Todas
as sardinhas (S/t) são peixes (M) _ Premissa Menor
Logo,
todas as sardinhas (S/t) são aquáticas (P/ T) _ Conclusão
Segunda Figura
TM
(PM)
tM (SM)
tT (SP)
Nenhum
animal (P/T) é flor (M) _ Premissa Maior
Toda
rosa (S/t) é flor (M) _ Premissa Menor
Logo,
nenhuma rosa ( S/t ) é animal ( P/T) _ Conclusão
Terceira Figura
MT
(MP)
Mt (MS)
tT (SP)
Todo
carro (M) é segurado (P/T) _ Premissa Maior
Todo
carro (M) é de um proprietário ( S/t) _ Premissa Menor
Logo,
algum proprietário ( S/t) é segurado (P/T) _ Conclusão
Quarta Figura (Considerada por filósofos
medievais)
TM
(PM)
Mt (MS)
tT (SP)
Todos
os homens (P/T) tem esqueleto (M) _ Premissa Maior
Ora,
todos os esqueletos (M) tem cartilagem (S/t) _ Premissa Menor
Logo,
alguma cartilagem (S/t) está no homem (P/T) _ Conclusão
O silogismo hipotético
O silogismo hipotético
Modelo 1
-
se o aluno estuda (condição), ele se prepara para passar de ano (condicionado);
-
ora, ele estuda;
-
logo, ele se prepara para passar de ano.
Modelo 2
Ou
viajo para São Paulo, ou para o Rio de Janeiro.
Ora,
viajo para São Paulo.
Logo,
não viajo para o Rio de Janeiro.
Lógica matemática
Em
uma residência há uma caixa d’água com capacidade máxima de 750 litros. Ela
está vazia às 6 horas da manhã. Às 7 horas ela começa a receber água na
quantidade constante de 100 litros por hora. Mas a cada hora há um consumo
constate de 50 litros. Quantas horas serão necessárias para ela atingir a
capacidade máxima?
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